O Mestrado em Engenharia Agronómica, surge da necessidade sentida pela comunidade escolar de dar continuidade a um primeiro ciclo nesta área que tem apresentado bons níveis de procura por parte dos estudantes que ingressam na ESAS.
Assim, este segundo ciclo terá que obrigatoriamente dar continuidade e aprofundar conhecimentos em áreas relevantes para a região e para o pais e olhar ao mesmo tempo para o futuro do sector.
A utilização de novas tecnologia na produção agrícola tem o potencial de aumentar a eficiência e a produtividade e de, a longo prazo, criar uma agricultura mais sustentável.
Atualmente, e nos próximos anos, a inovação da agricultura terá apoio, principalmente, da inteligência artificial e de "blockchains" que, apoiadas por sensores, câmaras e outros aparelhos que interligados, formam uma rede complexa de informação. A primeira, através da combinação de algoritmos, poderá, no limite, permitir que robots executem tarefas contínuas e repetitivas com alta eficiência. Já o "blockchain", revolucionará a forma como os alimentos chegam às mesas, pois permite o rastreamento em toda cadeia, dando grande suporte ao tema da biossegurança. Para além disso, num futuro muito próximo, a sustentabilidade irá tornar-se cada vez mais num tema de maior importância no setor, e poderá comandar todas as decisões dos empresários agrícolas.
O "futuro" da agricultura exigirá maior preparação por parte dos profissionais do setor, que deverão dominar todas estas novas tecnologias. São tarefas muito específicas que podem fugir completamente da rotina do produtor agrícola, mas que representam novas oportunidades para os técnicos formados nestas áreas. Ainda assim, a tecnologia não substituirá, para já, as competências de um ser humano numa gestão eficiente das explorações agrícolas. O segredo estará na combinação do uso das pessoas certas, no local certo e com a tecnologia apropriada.
Com o previsto crescimento da mecanização na agricultura do "futuro", o termo Agricultura de Precisão começou a destacar-se um pouco mais. Essa faceta implica, entre outras, o uso das tecnologias de informação que interferem diretamente no setor de forma a que sejam estabelecidas novas condições de cultivo. Essas condições podem ser químicas, físicas ou biologias, desde que estejam diretamente ligadas ao princípio da variabilidade do solo, clima e cultura.
Por outro lado, a agricultura debate-se, atualmente, com diversos desafios que urge resolver o quanto antes, pois confrontamo-nos com, a necessidade de alimentar uma população mundial em crescimento, dar resposta às crescentes preocupações ambientais e às questões da segurança alimentar. Assim, neste quadro a biotecnologia surge cada vez mais como uma tábua de salvação, com potencial para revolucionar o sector agrícola.
A segunda vertente contemplada nesta pós graduação, mas não a menos importante, é o estudo mais aprofundado e numa perspetiva de fileira do "objeto" da ação das tecnologias anteriormente referidas, as culturas. Assim, olhando para o panorama regional e nacional, vemos culturas que se destacam pelo seu interesse e potencial de desenvolvimento como as horto-industriais, a viticultura e a olivicultura, entre outras.