Código: | LESO10177 | Sigla: | EIII | |
Área Científica: | Ciências da Educação |
Área de Ensino: | Ciências Sociais |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Ano Curricular | Créditos | Horas Contacto | Horas Totais |
---|---|---|---|---|---|---|
LESO1 | 40 | Despacho n.º 12917/2016 | 3º | 30 |
Ensino Prático e Laboratorial: | 35,00 |
Ensino Prático e Laboratorial: | 35,00 |
Docência - Horas Semanais
|
Docência - Responsabilidades
|
1. Analisar criticamente projetos de intervenção socioeducativa, a sua pertinência, adequação e aplicabilidade;
2. Refletir continuamente sobre a prática profissionalizante através da experiência de formação;
3. Desenvolver a autonomia na implementação e avaliação de projetos de intervenção;
4. Saber aplicar métodos adequados de avaliação de projetos de socioeducativos;
5. Aprofundar a discussão sobre o posicionamento profissional e deontológico do Educador Social;
6. Apresentar publicamente projetos de intervenção socioeducativa, discutindo fundamentos, práticas e resultados;
7. Ampliar a confiança relativamente ao papel do educador social no seio da comunidade envolvente.
1.Os critérios formais e técnico-científicos da organização e fundamentação de propostas de estágio;
2.A integração ativa de propostas de intervenção nos contextos institucionais e comunitários, com procedimentos adequados;
3.A adequação de procedimentos, recursos e estratégias de intervenção previstas;
4.A operacionalização de metodologias adequadas ao desenvolvimento e avaliação do processo de intervenção;
5.O aprofundamento de recursos técnicos e teóricos que permitam adequar o posicionamento e prática profissionalizantes;
6.A identificação e integração de procedimentos éticos inerentes ao exercício do trabalho social e educativo, nas situações concretas ao longo do processo de estágio;
7.A discussão, de modo articulado, sistemático e criativo, de contributos teoricamente fundamentados relativos a cenários e práticas da intervenção profissional do Educador Social.
8.A apresentação pública do processo de intervenção, suas etapas e resultados.
Os conteúdos programáticos propostos vão ao encontro do processo de consolidação de competências de cariz profissionalizante exigíveis nesta etapa formativa, concretizando-se os 2.º e 6.º e 7.º objetivos de aprendizagem de forma transversal e contínua ao longo do semestre. Assim, propõe-se que os estudantes, com uma autonomia supervisionada, procedam à implementação de projetos de intervenção, dando resposta aos 1.º, 2.º e 3.º objetivos. A implementação de projetos e a sua avaliação, planeada antecipadamente de um modo refletido e coerente, respondem aos objetivos 3.º e 4.º. A apresentação pública dos projetos permite concretizar o 6º objetivo de aprendizagem. Ao longo de todo o semestre, procede-se a uma reflexão teórica e empírica e eticamente estruturada sobre o papel do educador social nos campos em que o/a estagiário/a se encontra a agir, bem como sobre o seu papel na comunidade envolvente, o que permite uma ligação entre a transversalidade dos conteúdos programáticos e os objetivos 5.º e 7.º.
Complementaridade entre sessões coletivas, presenciais e a distância (síncronas, máx. 25%): sessões coletivas de mobilização de conhecimentos em áreas fundamentais; de orientação da pesquisa sobre problemáticas e metodologias de intervenção e avaliação; discussão de princípios e procedimentos éticos e das experiências vivenciadas em contexto de estágio; Sessões de tutoria regulares e sistemáticas, quer individuais quer em grupo de supervisão com a respetiva orientadora (presenciais e com recurso a EaD). Desenvolvimento de atividades formativas propostas pela equipa docente.
Consideram-se como elementos obrigatórios (cujos objetivos e dimensões são oportunamente explicitados):
Um documento elaborado em par de estágio contendo a proposta de projeto reformulada, de acordo com o feedback fornecido pelas orientadoras académica e institucional, aprofundando os elementos técnicos de planificação e avaliação do projeto de intervenção socioeducativo a implementar na instituição de acolhimento, designado de Proposta de estágio (20%);
Um Relatório Final, elaborado individualmente, onde o/a estudante apresenta todo o percurso de estágio, com particular o processo de implementação e avaliação do projeto de intervenção socioeducativa desenvolvido ao longo do estágio, a par com a identificação reflexiva de contributos do estágio para a identidade profissional enquanto educadores/as sociais (40%)*;
A Apresentação Pública do projeto de intervenção socioeducativa desenvolvido, em evento público (poster e/ou pitch) (15%);
A Autoavaliação (1,5%);
A Avaliação pela Instituição de Estágio (15%)* da prestação do/a estagiário/a, mediante preenchimento de formulário e apreciação quantitativa e qualitativa;
A Assiduidade e participação no processo de supervisão (8,5%)*, que corresponde a análise do envolvimento e participação nas atividades letivas e de supervisão, do desenvolvimento das etapas e aprofundamentos teóricos e técnicos propostos, da pertinência e qualidade dos contributos ao longo do processo de supervisão.
*A conclusão da UC está condicionada à obtenção de 9 valores nos elementos destacados.
Estágio III é uma unidade curricular de natureza eminentemente prática. Ainda assim, a práxis do educador social assenta em competências de análise e reflexividade, em que participam conhecimentos técnico-científicos desenvolvidos ao longo do curso e que encontram, no espaço letivo desta UC, oportunidade de serem mobilizados e aplicados aos processos empíricos que os estudantes estão a experimentar. Nessa medida, são oportunas várias sessões coletivas, como os seminários, participadas e dialógicas, em que se reveem alguns conteúdos e se promove a sua transferibilidade prática. Do mesmo modo, a orientação do trabalho de pesquisa e desenvolvimento teórico e metodológico dos processos individuais beneficia do espaço coletivo de discussão e partilha (em pequeno e grande grupo e/ou com recurso a dinâmicas de grupo) efetuado de forma sistemática e regular. Estas sessões contribuem para a elevação da qualidade dos processos de estágio nas suas diversas fases, por via da identificação de dilemas e fragilidades, bem como potencialidades comuns. Com efeito, procura-se igualmente dinamizar, em fases mais avançadas do processo, grupos de discussão em função das problemáticas de intervenção e/ou públicos-alvo, onde de forma mais precisa os estudantes abordam as especificidades dos seus processos de estágio. Esta abordagem coletiva é essencial ao cumprimento dos 5.º e 7.º objetivos em particular, e influi transversalmente no cumprimento dos restantes objetivos de aprendizagem. Não obstante se confira nesta UC central importância aos tempos coletivos e partilhados de construção de conhecimento e desenvolvimento de competências, consideram-se os momentos de acompanhamento individualizado, em estreito contacto com as instituições, mas também em grupo de supervisão, essenciais à cabal concretização dos objetivos da UC. Situando-se esta UC numa fase final da formação, em que se promove justamente a autonomização do estudante e se testam as suas competências de desenhar, desenvolver projetos de intervenção socioeducativa, é nos espaços intersubjetivos de diálogo e acompanhamento que os 1.º, 2.º, 3.º, 4.º e 6.º objetivos de aprendizagem se concretizam plenamente. Nestes tempos, atende-se às especificidades de cada par de estágio e, mais ainda, às particularidades do processo de estágio de cada estudante, uma vez que, dada a amplitude do campo profissional, se registam variações assinaláveis do ponto de vista institucional, da problemática de intervenção, das características do público-alvo, do reportório de metodologias de intervenção, etc. O trabalho autónomo desta unidade curricular implica tarefas relacionadas com o aprofundamento bibliográfico (25h); a preparação das atividades dos projetos de intervenção (70h); o registo diário das atividades realizadas no estágio (70h); a preparação de apresentações orais (20h); o tratamento e análise dos dados recolhidos (70h); a preparação e redação dos produtos de avaliação (50h).
Banks,S.&Kirtsten,N.(2008). Ética Prática para as Profissões do Trabalho Social. Porto Ed. Caride, J. A., Gradaílle, R., & Caballo, M. B. (2015). De la pedagogía social como educación, a la educación social como Pedagogía. Perfiles educativos, 37(148), 04-11. Capul, M., Lemay, M. (2005). Da Educação à Intervenção social. Porto Ed. Carvalho, A.D.&Batista,I.(2004).Educação Social, Fundamentos e Estratégias. Porto Ed. Correia, F., Martins, T., Azevedo, S., & Delgado, P. (2014). A Educação Social em Portugal: novos desafios para a identidade profissional. Interfaces Científica-Educação, 3(1), 113-124.Guerra, I. C. (2000). Fundamentos e Processos de uma Sociologia de Ação. Principia; Pappámikail, L., Delgado L. (eds.) (2021) "Educação Social: Diálogos entre a formação e a profissionalidade", Interacções, Vol.17(56); Romans, M., Petrus, A. & Trilla, J. (2003). Profissão: Educador Social. Artmed; Barros, R. & Fragoso, A. (2018), Investigação em Educação Social - prática e reflexão. UAlgarve