Objetivos de aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)
Entender a importância da climatologia/agrometeorologia e dos ciclos geoquímicos dos elementos no sistema solo-planta-atmosfera. Integrar os seus impactos na gestão dos recursos naturais, na prevenção de riscos geológicos e no ordenamento do território. Confrontar o estudante com a necessidade de emitir opiniões alicerçadas em bases científicas. Saber discutir e integrar os condicionalismos pedoclimáticos como forma de garantir uma agricultura sustentável e a utilização racional dos recursos.
Conteúdos programáticos
Meteorologia, Climatologia e Agrometeorologia. Atmosfera terrestre. Radiação. Efeitos, intensidade e fotoperíodo. Temperatura do ar e do solo. Constantes térmicas. Ciclo hidrológico. Balanço hídrico: métodos utilizados e importância para os projetos agrícolas. Geada; métodos de luta. Circulação geral da atmosfera. Vento; medidas de proteção. Classificações e tipos climáticos. O clima de Portugal. Normais climatológicas. Instrumentos. Previsão meteorológica para a agricultura.
Geologia/Geoquímica do Ambiente. Minerais. Geodinâmica interna: Classificação, composição, e estabilidade das rochas. Geodinâmica externa: meteorização; minerais resistentes; produtos da meteorização. Dinâmica dos elementos; minerais de argila herdados e de síntese. Importância dos minerais secundários e fatores que condicionam a sua formação. Diagénese e rochas sedimentares. Caracterização das rochas por exame macroscópico. Introdução ao estudo da Pedogénese.
Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular
O programa foi estruturado de forma a permitir que os estudantes adquiram conhecimentos ao nível do 1º ciclo de estudos, nos domínios da meteorologia agrícola e dos ciclos biogeoquímicos dos elementos, para integração futura em UC nos domínios da fitotecnia geral. Os conhecimentos teóricos são transmitidos envolvendo o aluno na aprendizagem, confrontando-os com exemplos reais nas aulas práticas. Os grandes capítulos do programa são concluídos com a sua aplicação prática, de acordo com a alínea a) do n.º 2 do art. 61 do DL 74/2006, que refere que o processo de formação deve deixar de estar centrado no ensino (transmissão de conhecimentos) para ser centrado na aprendizagem do aluno (desenvolvimento de competências) e com o n.º 3 do art. 8 º do mesmo DL que refere que se deve valorizar a formação que visa o exercício de uma atividade de carácter profissional, assegurando aos alunos uma componente de aplicação dos conhecimentos adquiridos às atividades do respetivo perfil profissional.
Metodologias de ensino e de aprendizagem específicas da unidade curricular articuladas com o modelo pedagógico
Os estudantes serão estimulados a problematizar e a formular hipóteses, testar e validar ideias e a coligir e interpretar dados/informação relevante. A aprendizagem será dirigida obrigando o aluno a utilizar a informação autonomamente e a procurar formas de comunicação tecnologicamente avançadas.
Avaliação
Condições para admissão a exame final: são admitidos a exame final todos os estudantes que estejam inscritos na unidade curricular
Dispensa de exame: classificação igual ou superior a 10 valores, em duas provas escritas.
Modalidades de dispensa:
Dispensa total - Classificação igual ou superior a 10 valores, em cada uma das provas escritas;
Dispensa parcial - Classificação igual ou superior a 10 valores, apenas numa das provas escritas.
Exame final: Uma prova escrita
Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular
O semestre em que a unidade curricular (UC) se insere, o primeiro, corresponde àquele em que o número UC na área das ciências básicas é mais elevado, privilegiando-se uma aprendizagem em que a transmissão do saber é o objetivo inicial. Justifica-se, assim, uma carga de ensino teórico elevada, onde o estudante, sustentando-se nos conhecimentos de nível secundário, os desenvolve e os aprofunda, através de materiais de ensino avançado.
A percentagem de horas de ensino teórico-prático, cerca de 35%, visa a aplicação dos conhecimentos adquiridos às actividades concretas da UC. O saber fazendo é agora o objetivo, incentivando-se o gosto pela aprendizagem e dando-se início ao percurso que permitirá ao estudante efetuá-la, mais tarde, de forma totalmente autónoma. Considera-se que, nesta fase do curso, a elaboração de trabalhos de grupo ou individuais seja ainda prematura.
Bibliografia de consulta (existência obrigatória)
Ahrens, C.D., Henson, R. 2019. Meteorology today: an introduction to weather, climate and environment. 12th ed.Boston:Cengage Castillo, F.E. e Sentis, F.C. 2001. Agrometeorología. 2ed. Mundi-Prensa. España Miranda, P.M.A. 2001. Meteorologia e Ambiente. Universidade Aberta.Lisboa Ynoue, R.Y. 2017. Meteorologia: noções básicas. S. Paulo: Oficina de textos Abreu, M.M. 1994. Caracterização, Origem e Comportamento dos Constituintes da Crusta de Meteorização. Textos de Apoio. AE, ISA Carvalho, A.M. 1997. Geologia. Petrogénese e Orogénese. Universidade Aberta Mason, B. e Moore, C.B. 1982. Principles of Geochemistry. 4ed. John Wiley & Sons, USA Klein, C. e Hurlbut, C.S. 1993. Manual of Mineralogy. 21ed. John Wiley & Sons, Inc. USA Schulze, D.G. 1989. An introduction to soil mineralogy. In F.E. Hurbult ed. Minerals in Soil Environment. pp 1-34. 2ed. SSSA Book Series, nº 1. Madison, Wi, USA Weil, R. e Brady, C. 2017. The Nature and Properties of Soils.15th ed. Global edition. Pearson Education