Desenho e Desenvolvimento de Projetos de Intervenção Socioeducativa

Ocorrência: 2025/26 - 1S

Cursos

Horas Efetivamente Lecionadas

Objetivos de aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)

1. Adquirir conhecimentos teóricos e práticos no âmbito da elaboração, implementação, gestão e avaliação de projetos de intervenção socioeducativa. 2. Refletir criticamente sobre a metodologia de construção de projetos de intervenção socioeducativa e sobre as várias etapas/fases de construção de um projeto. 3. Conhecer projetos de intervenção socioeducativa já implementados e em fase de implementação. 4. Adquirir conhecimentos teóricos e práticos que possibilitem a elaboração autónoma de projetos de intervenção socioeducativa. 

Conteúdos programáticos

1. O processo de construção de um projeto de intervenção socioeducativa 1.1. Conceito de projeto e sua aplicação ao campo da intervenção supracitada 2. Níveis de planeamento 3. Metodologia de projeto 3.1. Etapas do desenho de um projeto 3.1.1. Identificação do(s) público(s) do projeto 3.1.2. Identificação de necessidades e potencialidades 3.1.3. Definição dos objetivos 3.1.4. Definição das estratégias e metodologias a utilizar 4. A avaliação de projetos 4.1. O conceito de avaliação 4.2. Tipos e funções da avaliação

Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular

Todos os conteúdos programáticos da UC Desenho e Desenvolvimento de Projetos de Intervenção Socioeducativa visam promover a aquisição de competências no domínio da metodologia de construção e avaliação de projetos. Assim, procura-se, através de uma abordagem técnico-científica de todas as fases de construção de um projeto, que os alunos fiquem habilitados a desenhar e a implementar projetos socioeducativos, quer numa etapa pré profissionalizante (os conhecimentos e competências desenvolvidos nesta unidade curricular são relevantes para o desenho e implementação de projetos, designadamente nas Unidades Curriculares de Estágio), quer numa perspetiva profissionalizante, relacionada com uma prática profissional que pressupõe um conhecimento aprofundado dos contextos de intervenção tendo em vista uma intervenção devidamente planificada e que promova o desenvolvimento das pessoas, grupos e/ou comunidades.

Metodologias de ensino e de aprendizagem específicas da unidade curricular articuladas com o modelo pedagógico

Sessões teórico práticas centradas na análise de quadros teóricos relativos aos conteúdos programáticos da unidade curricular e na reflexão crítica de casos, de forma a que os estudantes desenvolvam capacidades de sistematização e aplicação de conhecimentos.

Avaliação

Os estudantes podem frequentar e ser avaliados nesta UC através das modalidades de: 

Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular

No que respeita às metodologias de ensino, e tendo em consideração os objetivos e conteúdos da Unidade Curricular, as sessões letivas poderão ter um caráter eminentemente teórico e teórico-prático. As sessões de caráter teórico têm como principais objetivos a apresentação do estado da arte relativamente ao conhecimento e às práticas de construção e avaliação de projetos. Procura-se nestas sessões que os alunos desenvolvam uma perspetiva crítica e reflexiva acerca das temáticas em análise. Mesmo nas sessões de natureza  teórica recorre-se a exemplos práticos ilustrativos dos pressupostos básicos  da construção e avaliação de projetos. Nas sessões de caráter teórico-prático procura-se através da metodologia de análise de casos, operacionalizar os conhecimentos construídos nas sessões de natureza predominantemente teórica. O objetivo é que é que os estudantes, progressivamente, consigam apropriar-se da metodologia de construção e avaliação de projetos tendo em vista a elaboração autónoma, mas sempre supervisionada pela docente, de um projeto de intervenção socioeducativo. As aulas práticas assumem uma importância relevante na medida em que através das mesmas se promove o contacto e a reflexão com e sobre projetos de intervenção já implementados ou em fase de implementação. A operacionalização da metodologia de ensino passa ainda pelo desenvolvimento sistemático por parte dos alunos de trabalho presencial e autónomo acerca dos vários conteúdos programáticos, que promovem a construção e a consolidação, designadamente, do saber ser (que nos remetem para questões éticas e deontológicas relacionadas com os conteúdos abordados), saber-saber (que nos remetem para os conhecimentos construídos/adquiridos) e do saber-fazer (que nos remetem para a dimensão de operacionalização/aplicação dos saberes). Relativamente às metodologias de avaliação, privilegia-se a combinação entre uma avaliação formativa promotora de uma aprendizagem reflexiva e uma avaliação sumativa. Tanto no que respeita à avaliação formativa como à avaliação sumativa são desenvolvidos pelos alunos produtos que permitem regular e avaliar o processo de construção e desenvolvimento de competências no que respeita à elaboração, implementação e avaliação de projetos de intervenção socioeducativa. Nesta unidade curricular a carga média de trabalho autónomo (78h) é distribuída da seguinte forma: estudo da bibliografia da especialidade (20 h); pesquisa e análise de projetos de intervenção socioeducativa (10h); trabalho de campo-identificação de potencialidades de contexto institucional e territorial e público(s) (15h); elaboração de projeto de intervenção socioeducativa (25h); preparação de apresentação oral de projeto (8h).

Bibliografia de consulta (existência obrigatória)

Fialho, Joaquim et al (2015) Diagnóstico Social. Lisboa, Edições Sílabo. Guerra, Isabel Carvalho (2002). Fundamentos e Processos de uma Sociologia de Acção. O Planeamento em Ciências Sociais. Cascais, Principia. Schiefer, Ulrich et al (2007). MAPA-Manual de Planeamento e Avaliação de Projectos, Estoril. Principia. Silva, Carlos Alberto et al (2017). Avaliação de projetos de intervenção social: uma reflexão sobre as experiências em projetos nacionais, regionais e da bacia do Mediterrâneo. Desenvolvimento e Sociedade, n.º 2, 115-123. Serrano, Gloria Pérez (2008), Elaboração de Projectos Sociais. Casos práticos. Porto, Porto Editora. Sousa, Paula e José Luís D'Almeida (2016) .Avaliação Diagnóstica. Viseu, Ed. Psicosoma. Francisco Javier de Lorenzo Gilsanz, Jesús M. Pérez Viejo, et al. (2023). De la teoría a la práctica. Claves para el diseño, gestión y evaluación de proyectos de acción social .