Objetivos de aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)
A UC visa contribuir para o desenvolvimento do conhecimento profissional dos futuros professores, em articulação com a prática de ensino
supervisionada. Deste modo, pretende-se que sejam capazes de:
O1. Conhecer os princípios, conceitos e práticas subjacentes às orientações curriculares para a educação em ciências no ensino básico.
O2. Refletir sobre a atuação do professor de ciências, procurando identificar várias perspetivas de ensino em ciências e os elementos
essenciais da prática pedagógica que favorecem a aprendizagem dos alunos.
O3. Conhecer o significado e os princípios de abordagens ativas mobilizadas em educação em ciências.
O4. Criar recursos didáticos, planificar unidades didáticas com base em abordagens ativas, e avaliar o processo educativo.
O5. Aplicar tecnologias emergentes na educação em ciências.
Conteúdos programáticos
CP1. O currículo das ciências e o papel do professor.
CP1.1. Orientações curriculares para o ensino das ciências no ensino básico.
CP1.2. As perspetivas de educação em ciências e a atuação do professor de ciências.
CP2. Conceção e avaliação de atividades de aprendizagem em ciências.
CP2.1. Abordagens ativas aplicadas na educação em ciências.
CP2.2. Recursos educativos físicos e digitais para o ensino das ciências.
CP2.3. Planificação de unidades didáticas e avaliação de aprendizagens em ciências.
CP2.4. Tecnologias emergentes na educação em ciências.
Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular
A primeira parte dos conteúdos visa capacitar os estudantes para mobilizar saberes sobre o currículo (O1; CP1.1.), as perspetivas de
educação em ciências e o perfil do professor de ciências (O2; CP1.2.) na promoção da aprendizagem em ciências dos alunos.
A segunda parte dos conteúdos pretende que os estudantes conheçam o significado e os princípios de abordagens ativas mobilizadas em educação em ciências (O3; CP2.1.). Do mesmo modo, pretende-se capacitar os estudantes para criarem ou selecionarem os melhores recursos educativos (O4; CP2.2.)., conceberem, implementarem e avaliarem atividades diversas, quer individuais quer coletivas, em contextos formais ou informais de educação em ciências (O4; CP2.3.). Na perspetiva da inovação no ensino, pretende-se que saibam aplicar tecnologias emergentes, como por exemplo a inteligência artificial, na educação em ciências (O5; CP2.4.)
Metodologias de ensino e de aprendizagem específicas da unidade curricular articuladas com o modelo pedagógico
Esta UC funciona em regime presencial com componentes de ensino não presencial. Este formato visa proporcionar um processo
educativo que estimule o desenvolvimento de diversas competências alinhadas aos objetivos da UC.
Nas sessões presenciais (36h) serão privilegiados contextos de formação, em trabalho individual ou em grupo, que estimulem dinâmicas de autoformação, incitando os estudantes para a investigação, criando um ambiente de aprendizagem centrado no aluno, dinamizado em ambientes educativos inovadores. Ao longo das aulas será privilegiada a pesquisa em diversas fontes de informação para aprofundamento dos conteúdos, a análise e a discussão da investigação realizada em didática das ciências e a exploração de situações concretas de conceção, planificação e avaliação de atividades de educação em ciências.
Nas sessões online assíncronas (9h), mediadas pela plataforma e-campus, serão privilegiadas tarefas relacionadas com a exploração de recursos educativos digitais para o ensino das ciências. Algumas tarefas serão destinadas à análise de webinares e podcasts sobre temáticas relacionadas com os conteúdos.
Nas sessões online síncronas (3h), mediadas pela plataforma Zoom, a apresentação, análise e discussão de abordagens ativas aplicadas à educação em ciências serão as estratégias educativas preferenciais.
Nesta unidade curricular a carga de trabalho autónomo (60h) é distribuída da seguinte forma: estudo de bibliografia da especialidade (20h); elaboração de trabalhos individuais ou em grupo (30h); preparação de apresentações orais (10h).
Avaliação
A avaliação contínua basear-se-á na:
a) Participação do estudante nas propostas de trabalho apresentadas nas sessões presenciais ou nas sessões online (40%);
b) Realização de trabalhos individuais ou em grupo sobre diferentes temáticas (60%).
Alguns elementos da avaliação contínua poderão ser substituídos pela participação em tarefas e iniciativas enquadradas em projetos
nacionais ou internacionais, em que a instituição ou o(s) docente(s) responsável(eis) pela UC estejam envolvidos.
A avaliação é contínua requer a presença em pelo menos 1/2 das aulas lecionadas.
A UC pode contemplar uma avaliação adaptada para estudantes com estatuto de trabalhador-estudante e outras situações específicas
previstas na legislação. Essa avaliação será estabelecida pelo(s) professor(es) responsável(eis) pela UC.
A avaliação por exame consiste numa prova de caráter teórico-prático.
Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular
Nesta UC procura-se desenvolver o conhecimento em educação em ciências dos futuros profissionais de educação. A adoção de métodos e estratégias ativas educativas, autónomas ou orientadas, que incluam o recurso a atividades e materiais diversificados, individuais ou em grupo, presenciais ou online, é fundamental para desenvolvam o conhecimento profissional dos professores de ciências (O2) indispensável à compreensão, desenvolvimento e gestão eficaz e integral das orientações curriculares para o ensino das ciências no ensino básico (O1).
Para que os estudantes compreendam o contributo da educação em ciências para o desenvolvimento integral dos alunos serão exploradas diferentes abordagens ativas mobilizadas nessa área, como por exemplo o IBL, PBL, PjBL, associadas à sua implementação em ambientes educativos inovadores (03). Serão, também, privilegiadas abordagens que favoreçam a criação de recursos educativos e a discussão de situações concretas de conceção, planificação e execução de atividades para o ensino das ciências, centradas em controvérsias sociocientíficas, na resolução de problemas, na exploração de mapas de conceitos, na identificação de conceções alternativas, nas atividades práticas, nas visitas de estudo/trabalho de campo e em atividades com recurso às tecnologias digitais (O4).
Através de momentos de ensino dedicados à abordagem e análise de vários exemplos de estratégias e instrumentos de avaliação, os mestrandos serão capacitados a criarem instrumentos e a definirem estratégias de avaliação das aprendizagens dos alunos (O4). A exploração das tecnologias emergentes, como por exemplo a inteligência artificial, e do modo como podem ser mobilizadas na educação em ciências será usada para a criação de propostas didáticas inovadoras para a educação em ciências.
Adicionalmente, e para complementarem a sua formação, os estudantes serão incentivados a participar em iniciativas científicas nacionais ou internacionais (Projetos, Congressos, Seminários, Palestras, Aulas-abertas, etc.) que abordem as temáticas abordadas na UC.
O trabalho anterior será avaliado através da participação ativa dos alunos nas sessões presenciais ou em ensino a distância e na realização de trabalhos individuais ou em grupo sobre diferentes temáticas.
Bibliografia de consulta (existência obrigatória)
Correia, M., & Cavadas, B. (2024). Innovative learning environments: a learning experience with in-service teachers. EMI, 61(1-2), 146-160.
Galvão et al. (2017). Avaliação do currículo das ciências físicas e naturais: percursos e interpretações. IE-ULx.
Mendes, A. (2013). Perfil de ensino do professor de ciências. UA.
Oguz-Unver, A., & Arabacioglu, A. (2014). A comparison of IBL, PBl and PjBL in science education. AJER, 2(7), 120-128.
Gilbert, J. K. (2014). Models and modelling: Routes to more authentic science education. IJSME, 2, 115-130.
Lazarova, E. (Ed.), Cavadas, B., Mestrinho, N., et al. (2024). SEN Power. Nature studies for all. Teachers. Toolkit. Primary School. Provesta-Sofia Foundation.
NASEM (2017). Seeing Students Learn Science: Integrating Assessment and Instruction in the Classroom. The National Academies Press.
UNESCO (2021). AI and education. Guidance for policymakers. UNESCO.
Vieira, R. M. (2018). Didática das ciências para o ensino básico. Sílabas & Desafios