Objetivos de aprendizagem e a sua compatibilidade com o método de ensino (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)
Consolidar a capacidade para a conceção, planeamento, implementação e avaliação de resultados no processo de prevenção e controlo de infeção associadas a cuidados de saúde sustentado na prática baseada na evidência de natureza interdisciplinar.
Conteúdos programáticos
Esta unidade curricular permite que permite ao estudante aprofundar uma área diferenciada da área clínica. Neste sentido, a componente prática tem um papel fundamental na aquisição de competências científicas, técnicas, humanas e culturais do estudante.
O desenvolvimento da componente clínica pressupõe que o estudante faça uma adequada interligação entre conhecimentos teóricos adquiridos nas unidades teóricas de forma a contribuir para a Prevenção e Controlo de Infeção (PCI): prática que visa prevenir e controlar as infeções associadas aos cuidados de saúde em unidades de saúde, baseada na evidência científica, prevenindo eventos adversos relacionados com infeções, seja nas pessoas alvo de cuidados ou nos profissionais de saúde.
Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular
Ao estudante com formação avançada na área da prevenção e controlo de infeção são exigidas competências, que lhe permitam a tomada de decisão em situações de alta complexidade na prevenção e controlo de infeção, em todos os contextos de saúde.
A unidade curricular permitirá ao estudante o desenvolvimento de capacidades de recolha, seleção e interpretação da informação relevante, capacidade de resolução de problemas complexos e a tomada de decisão, assente nos princípios cientificos.
Será desenvolvida em unidades com Grupos Coordenadores Locais e/ou Regionais do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em instituições de saúde.
Metodologias de ensino e de aprendizagem específicas da unidade curricular articuladas com o modelo pedagógico
O Ensino Clinico desenvolve-se com recurso à supervisão, de acordo com o estádio de aprendizagem e/ou especificidade do contexto, com a tríade: professor , supervisor e estudante.
Ensino Clinico (E) - desempenho através do processo de cuidados de enfermagem nos contextos da prática clínica.
Seminário (S) - Partilha de conhecimento com caráter científico-pedagógico de forma individual e em grupo.
A componente autónoma da unidade curricular deverá ser realizada pelo estudante através de: pesquisa bibliográfica que suporte a elaboração do mesmo.
Avaliação
A avaliação da unidade curricular tem dois componentes:
desempenho e aquisição de competências na prevenção e controlo de infeção: 70%.
análise crítica fundamentada de um artigo científico: 30%.
Demonstração da coerência das metodologias de ensino e avaliação com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular
Ao longo da unidade
curricular o estudante é incentivado a ser ativo e dinâmico e deverá demonstrar
forte implicação na construção do seu próprio conhecimento e aprendizagem, de
forma a desenvolver uma atitude científica, o pensamento crítico e reflexivo.
Os processos de análise e reflexão feitos pelo estudante, sobre as suas
aprendizagens, desempenham um papel estruturante em termos formativos, já que
permitem ao estudante pensar sobre o que faz, porque o faz e como o faz,
sobretudo sobre formas alternativas de atuação, pelo que se propõem múltiplos
momentos, durante a prática clínica, em que este processo lhe é solicitado.
Pela sua importância propõe-se que estes se realizem com todos os atores
envolvidos - professor, supervisor e estudante - constituindo-se momentos
significativos, para o processo de aprendizagem e de avaliação do estudante.
No desenrolar da unidade curricular estão ainda previstos
seminários em que, os estudantes
apresentarão a análise do artigo científico.
Bibliografia de consulta (existência obrigatória)
Bonita, R., Beaglehole, R. & Kjellström, T. (2010). Epidemiologia básica (2ª ed.). OMS.
Despacho Nº 5855/2014: Ministério da Saúde. (2014). Diário da República: II Série nº 85/2014. https://files.dre.pt/2s/2014/05/085000000/1166011660.pdf
Direção Geral Da Saúde (2017). Programa De Prevenção E Controlo De Infeções E De Resistência Aos Antimicrobianos. Lisboa: Direção Geral Da Saúde
Duarte, A. Martins, O. (2019). Controlo Da Infeção Hospitalar. Lisboa: Lidel
Ferreira, M.; Nogueira, A & Ferreira, C. M. (2022). Prevenção e Controlo de Infeção em Cuidados de Saúde. Medicabook.
Martins, M. A. (2001). Manual De Infecção Hospitalar: Epidemiologia, Prevenção, Controle. Rio De Janeiro: Medsi
Mcgraw-Hill, Wilson J. (2019). Infection Control In Clinical Practice. Elsevier.
Neves, M. C. P. & Soares, J.M de O. (Coords.)(2018). Ética aplicada - Saúde. Lisboa: Edições 70.
Observações
Robichaux, C (Ed.) (2017). Ethical competence in nursing practice: competencies, skills, decision making. New York: Springer Publishing Company. Mcgraw-Hill.
Weston, D. Burgess, A., &Amp; Roberts, S. (2017). Infection Prevention And Control at Glance. Usa: Wiley Blackwell
Weston, D.; Burgess, A., & Roberts, S. (2017). Infection Prevention and Control at a Glance. Wiley Blackwell.
Wilson J. (2019). Infection Control In Clinical Practice. New York: Elsivier