Código: | LESO10150 | Sigla: | LOT | |
Área Científica: | Língua e Literatura Materna |
Área de Ensino: | Línguas e Literaturas |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Ano Curricular | Créditos | Horas Contacto | Horas Totais |
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LESO1 | 30 | Despacho n.º 12917/2016 | 1º | 4 |
Teórico-Práticas: | 45,50 |
Docência - Horas Semanais
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Docência - Responsabilidades
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Português
OA 1. Conhecer conceitos fundamentais e características distintivas de diversos géneros da literatura oral tradicional;
OA 2. Identificar e analisar valores e princípios configurados nos textos orais tradicionais numa perspetiva de educação para o desenvolvimento;
OA 3. Experimentar técnicas e estratégias de narração oral;
OA 4. Planificar atividades de educação para o desenvolvimento baseadas em experiências de contação de narrativas tradicionais;
AO 5. Recriar textos orais tradicionais portugueses à luz dos princípios e valores orientadores do Currículo Nacional do Ensino Básico e da Educação para o Desenvolvimento.
CP 1. Conceitos fundamentais - literatura oral/tradicional/popular, tradição/ modernidade, oralidade/ escrita, popular/ popularizante, folclore/ fakelore, monumento / documento e património cultural imaterial.
CP 2. Literatura oral tradicional enquanto património cultural imaterial.
CP 3. Géneros: mito, epopeia, conto, lenda, fábulas e parábolas, cantos, rimas infantis, provérbios, ditados, rezas, trava-línguas, lengalengas, adivinhas e enigmas, etc.
CP 4. Processos de recolha, conservação, fixação editorial e recriação de textos tradicionais.
CP 5. Circunstâncias de produção e funções socioculturais pretéritas e atuais da literatura oral tradicional.
CP 6. Técnicas de narração/oração interpelativas e performativas.
CP 7. Jogos de expressão vocal e corporal e relação entre contador/a-audiência.
CP 8. Iniciativas, projetos e centros de investigação de literatura oral tradicional.
Considerando que a literatura oral tradicional faz parte do património universal da humanidade e contribui para a afirmação identitária dos povos e comunidades, das suas mundivivências e mundividências, procurar-se-á desenvolver os conteúdos programáticos numa perspetiva de valorização deste património enquanto campo de ação social, educativa.
Os objetivos de aprendizagem (OA) são concretizados através dos conteúdos programáticos (CP), estabelecendo-se as seguintes relações que permitem a coerência entre ambos:
OA 1 - CP 1, CP 2, CP3, CP 5, CP 8
OA 2 - CP 2, CP 5
OA 3 - CP 3, CP 6, CP 7
OA 4 - Todos os CP.
OA 5 - CP4; CP5: CP6
A metodologia de ensino assenta em sequências didáticas que visam desencadear uma abordagem ¿aprender fazendo¿. Estratégias:
1. Sistematização e exposição teórica pela docente
2. Trabalho, pelos estudantes, de análise e produção de textos orais e escritos
3. Acompanhamento individualizado docentes do dito trabalho.
Revisitar uma literatura produzida num contexto tão diferente exige abordagens que privilegiem o contacto direto dos estudantes com as fontes. Assim, pesquisam e recolhem textos não adaptados, que analisam estética e axiologicamente. Posteriormente, efetuam a sua recriação e posterior narração oral (acompanhada pelas docentes nas questões técnicas e teóricas) recorrendo a técnicas interpelativas e performativas, em diversos contextos.
Avaliação:
- Participação (em aula e nas plataformas, ou em outros suportes de trabalho colaborativo): 10%
- Teste: 25%
- Trabalho de grupo: 65%
Avaliação por exame: prova escrita (60%) e narração oral de conto tradicional, lenda ou fábula (40%).
A natureza teórico-prática das sessões contemplará, numa primeira fase, momentos de exposição oral, de análise textual, de reflexão e discussão que permitirão apreender as características fundamentais de diversas formas de literatura oral tradicional, tendo especial relevância a análise de valores numa perspetiva de educação para o desenvolvimento.
Num segundo momento, a pesquisa e/ou recolha de textos da literatura oral tradicional conduzirão à experimentação da narração oral por parte das estudantes, podendo ser apresentada sob forma de aulas abertas a toda a comunidade académica, culminando na planificação e realização de uma atividade em grupo, de dinamização/valorização da literatura oral tradicional, assumindo a docente uma função de orientadora e interlocutora.
Bettelheim, B. (2011). Psicanálise dos contos de fadas. Bertrand.
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Medeiros, M (2003). Do Fruto à Raiz. Uma introdução às Histórias Maravilhosas da Tradição Popular Portuguesa. Gailivro
Pires, M. (2005). Pontes e Fronteiras. Da literatura tradicional à literatura contemporânea. Caminho.
Perafita, A. (2021). Mitologia Popular portuguesa. Viagem ao fantástico na literatura oral tradicional. Zéfiro.
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Outras referências:
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