Objetivos de Aprendizagem (conhecimento, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)
Identificar os aspectos e conceitos gerais de introdução do treino desportivo;
Conhecer os princípios orientadores do Treino Desportivo e a sua fundamentação teórica;
Adquirir instrumentos conceptuais que possam ser usados na construção dos programas de treino e avaliação dos praticantes de diferentes modalidades.
Conteúdos programáticos
1.Taxonomia das Actividades Físicas e Desportivas Com base na teoria praxeológica de Pierre Parlebas (1999) serão discutidas os diversos princípios de classificação das Actividades Desportivas, de forma a que os alunos consigam distinguir os diferentes grupos de actividades em função das suas putativas interacções com os companheiros, adversários e meio envolvente. Decorrentes da classificação anterior serão aprofundados os conceitos de práticas sociomotoras e psicomotoras, comunicação e contra comunicação motora, estereótipo motor e semiotricidade, e as diversas implicações destas características com o processo de treino em cada uma das modalidades desportivas. Os conteúdos a abordar serão: 1.1 A importância da Taxonomia para a construção, compreensão e estudo de um objecto de estudo 1.2 Taxonomias propostas para as Actividades Físicas e Desportivas 1.3 Os critérios Taxionómicos propostos por Pierre Parlebas 1.4 Análise das Actividades Físicas e Desportivas com base nas Classificação Taxionómica de Parlebas 1.5 Análise das diversas Definições Praxeológicas 1.6 Análise Praxeológica das diferentes actividades desportivas e em Situações Motoras específicas 2.Modelo do Valor Físico Seguindo o Modelo de Valor Físico proposto por Claude Bouchard et al. (1974), será efectuada a análise da performance desportiva em função da participação de cada uma das estruturas que compõem o modelo, Perceptivo-cinética, Efectora e de Suporte, e de que forma os diferentes graus de solicitação de cada uma das estruturas potencia o desenvolvimento de uma ou de outra qualidade condicionante e/ou coordenativa. Para além do Modelo de Valor físico será abordado o Modelo do Sistema de Gestos proposto por Donskoy(1968), de forma a possibilitar aos alunos instrumentos para poderem por um lado efectuar melhor uma análise técnica com base na análise da tarefa e por outro, poder escolher criteriosamente a construção dos exercícios de treino técnico e conhecer as suas implicações aquando da realização dos exercícios de treino com objectivos primordialmente orientados para o treino das capacidades condicionais. Os conteúdos a abordar serão: 2.1 Apresentação do Modelo de Valor Físico com base na Proposta de Claude Bouchard 2.2 Estruturas Componentes do Modelo 2.3 Elementos constituintes de cada uma das estruturas 2.4 Implicações da utilização diferenciada de cada estrutura como determinante da solicitação das diferentes Capacidades Condicionais e Coordenativas 2.5 Introdução ao Modelo do Sistema de Gestos Proposto por Donskoy 2.6 Interligação entre o Modelo do Valor Físico e o Modelo do Sistema de Gestos 3.Treino das Qualidades Condicionais e Coordenativas Após o desenvolvimento dos tópicos anteriores, os alunos ficarão a conhecer as metodologias que podem ser usadas para desenvolver cada um dos factores de treino, usando para isso os modelos de desenvolvimento com base na fisiologia do exercício nomeadamente no que diz respeito ao treino das capacidade condicionais e os modelos de desenvolvimento propostos pelas aprendizagem motora e biomecânica para o treino das capacidades coordenativas. Será abordado o treino Técnico, o treino da Resistência, e da Força na Teoria e Metodologia do Treino I Os conteúdos a abordar serão: 3.1 Treino da Resistência 3.1.1 Conceito da Resistência 3.1.2 Formas de manifestação de Resistência 3.1.3 A resistência como perspectiva prática do treino 3.1.4 Métodos do Treino da Resistência 3.1.5 Treino dos distintos Tipos de Resistência 3.1.6 Treino da Resistência em condições especiais 3.1.7 Avaliação da Resistência 3.2 Treino da Força 3.2.1 Conceito de Força 3.2.2 Factores condicionantes da capacidade de produção de Força 3.2.3 Orientações metodológicas para o treino de Força
Demonstração da Coerência dos Conteúdos Programáticos com os Objetivos de Aprendizagem da Unidade Curricular
O programa da unidade curricular é elaborado com base no domínio
abrangente que o regente deve ter sobre a área de conhecimento sobre o
qual versa a Unidade Curricular em questão. A relação entre a a escolha
dos conteúdos programáticos e os objectivos de aprendizagem é por isso
inerente e ubíqua durante todo o processo de elaboração do programa e de
reflexão sobre os objectivos pretendidos para quem realiza a Unidade
Curricular.
Desta forma , recusamos veementemente a redução da
relação entre conteúdos programáticos e objectivos a um esquema de
fluxogramas, tão marcadamente simplificador e associado a teorias que
reduzem o processo de ensino a aprendizagem a uma espécie de troca de
serviços. Todos os conteúdos programáticos em diferentes momentos do
processo, e com a integração própria de cada aluno, resultado da
estimulação do processo conduzido pelo docente contribuem para a
modificação do estádio de conhecimento e competências traduzidos nos
objectivos da unidade curricular.
Avaliação Contínua:Fichas de Trabalho, e Prova Oral. 80 % de presenças. O aluno deverá realizar todas as fichas de trabalho para aceder à prova oral. Prova oral: o aluno terá de obter uma classificação igual ou superior a 10 valores.
A classificação final será a média ponderada da classificação obtida nas fichas de trabalho e na oral, 0,20 e 0,80 respectivamente.
Avaliação Final: Uma prova oral e de uma prova escrita o aluno terá de ter 80% de presenças nas aulas teorico-práticas. Para aceder à prova escrita o aluno terá de obter uma classificação igual ou superior a 10 valores na prova oral. A classificação final será a média ponderada de 0,80 para a oral e 0,20 para a escrita.
A época de recurso dispensa a obrigatoriedade de presenças nas aulas teórico-práticas.
Alunos com estatuto especial devem acordar as condições de avaliação e frequência com o docente no início do semestre.
Demonstração da Coerência das Metodologias de Ensino com os Objetivos de Aprendizagem da Unidade Curricular
A amplitude das estratégias e a expertise pedagógica do regente, bem como as reuniões de trabalho entre os colaboradores na leccionação da cadeira de forma a escolher para cada situação e população as estratégias mais eficazes a adoptar no sentido de promover o progresso das competências e conhecimentos dos estudantes
Bibliografia de consulta (existência obrigatória)
Bouchard,C., Landry, f., Brunelle, J. et Godbout, P.(1974), La condition physique et le bien-être, Québec, Éditions du Pélican. Castelo, J.; Barreto, H.; Alves, F.; Mil-Homens, P.; Carvalho, J.; Vieira, J.(1996). Metodologia do Treino Desportivo. Ed. FMH.Lisboa. Donskoy, D. (1968). Les lois du mouvement sportif. Essais sur la théorie de la structure des gestes. (M. Spivak, trad.). Document I.N.S. nº 768. Paris. Gonzaléz Badillo, J.J. & Gorostiaga, E.( 1995) Fundamentos del Entrenamiento de la Fuerza. Inde. Barcelona. Matveyev, L.(1977). El Processo de Entrenamiento Deportivo. Stadium.Buenos Aires. Parlebas, Pierre (1999) Jeux, Sports et sociétés. Lexique de praxiologie motrice. Collection Recherche: Paris, INSEP. Platonov, V.N.(1991). El Entrenamiento Deportivo. Teoria e Metodologia. Paidotribo. Barcelona. Ruiz Caballero, J.; Garcia Manso, J.; Navarro, M.(1996). Pruebas para la Valoración de la Capacidad Motriz en el Deporte. Gymnos Madrid. Verjoshanski , I.Y.( 1990).
